UM DRAGÃO TRANSFORMADOR EM IRACEMA!
   30 de maio de 2022   │     11:11  │  0

Tava com saudade, confesso! Foram dois anos só acompanhando de longe, virtualmente… Agora a gente pôde novamente bater perna – entre os dias 25 e 28 de maio – nas areias dedicadas à Virgem dos lábios de mel, quando a cidade de Fortaleza recebeu o maior festival de moda autoral da América Latina: o DFB Festival’22.

Sob a legenda ‘Ocupe seu Espaço’, o multifacetado e irrequieto Cláudio Silveira armou – sob uma estrutura de 30.000 m² no Aterro da famosa praia – um mega evento que consolida a vocação do Ceará como epicentro para a fomentação desse olhar criativo, já que, desde 2019, Fortaleza carrega o título de Cidade Criativa do Design pela Unesco. E esse caldeirão cultural mesclou desfiles de marcas consolidadas com neo revelações, tudo temperado por rica programação musical, gastronomia, economia criativa e ciclo de formação.

 ABRE ASPAS

“Os dois últimos anos nos mostraram que nos momentos de maior desafio é onde conseguimos nos reinventar e superar as adversidades. Acredito que é esta mensagem a maior mensagem que o DFB 22 quer passar: desafios existem para serem superados. Esse é o motivo para quatro dias de intensa celebração, reencontros, sensação de esperança renovada e construção do maior DFB da história”, declara Claudio Silveira, mente criativa do DFB Festival.

LINE-UP

Entre um catwalk e outro foi constante ver na passarela a exaltação do feminino, a inclusão, a diversidade sob um rótulo agênero e uma reverência quase sagrada às produções hand made.

 

FOTOS: ROBERTA BRAGA e CLÁUDIO PEDROSO
Em edição histórica, DFB Festival 2022, sucesso de público e crítica, abre com exaltação da cultura criativa com o marcante desfile 100%CE

 

Numa disputa equilibrada entre Unifor, UFC, Universidade Potiguar, Senac/SE e FBUni, a Faculdade Santa Marcelina levou a melhor no Concurso dos Novos

O beachwear da Sau Swin celebrou a figura de fluidez e versatilidade do feminino

O biquíni cortininha ganhou ares de 70’s na passarela da Sherida

Já na Sand Blue a peça icônica ganhos novas amarrações

Rio de Jas fez do macramê a nova nossa da praia

O macramê de Vítor Cunha ganhou companhias mais urbanas e neo mix de cores

Até Maria Antonieta e Madonna se renderam ao trabalho primoroso de Almerinda Maria – a pioneira no uso da renda cearense na alta costura

A Rendá, por Camila Arraes, trouxe uma releitura artsy numa coleção feita inteiramente de rendas – em especial a renascença

Ivanildo Nunes assinou a coleção Richeulieu, feito em parceria com o Senac, onde peças escuras emprestavam sofisticação à renda

“…Olê mulher rendeira, olê mulher rendá… tu me ensina a fazer renda que eu te ensino a arrasar”

Uma modelagem arquitetônica elevou o feito à mão da Hand Lace a patamares altos de minimalismo e elegância

David Lee mostrou um hand made contemporâneo com inspiração artsy

Theresa Montenegro garantiu sobriedade ao maximalismo das pedrarias

Kalil Nepomuceno mostrou que sua moda festa é ‘do babado’ – literalmente!

Patrocinadora do DFB, a Enel apostou no upcycling para fazer ativação de marca direto da passarela – num excelente reuso do denim na coleção masculina

Marina Bitu cruzou a passarela com a coleção Octopus, religando a figura feminina com o oceano, num shape fluido

Lindebergue provou mais uma vez que moda é, além de tudo, um manifesto de inclusão e diversidade

Milhares de nativos+turistas conferiram programação multifacetada, voltada para cultura, economia, formação, indústria, gastronomia e muita moda

 

Eh! Deu certo. O ato provocador de Cláudio Silveira, idealizador do evento, mais que um olhar 360°, trouxe para a retomada presencial do evento uma radiografia fiel, um retrato de um Brasil de diversos horizontes e de muita potencialidade. Amém!

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